Índice
A Ressonância Magnética (RM) é um dos exames mais importantes para o diagnóstico de problemas na coluna vertebral. Neste artigo, você vai entender quando a Ressonância Magnética da Coluna é realmente necessária, como ela funciona e o que esperar durante o procedimento.
O Que é a Ressonância Magnética da Coluna?
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem que utiliza um campo magnético potente e ondas de radiofrequência para criar imagens detalhadas das estruturas internas do corpo. Diferentemente de radiografias e tomografias, a RM não utiliza radiação ionizante, o que a torna mais segura para a maioria dos pacientes, podendo ser realizada em grávidas.
No caso específico da coluna vertebral, a RM é capaz de visualizar com alta definição:
- Vértebras e suas estruturas ósseas
- Discos intervertebrais
- Medula espinhal e raízes nervosas
- Ligamentos e músculos paravertebrais
- Articulações facetárias
- Tecidos moles ao redor da coluna
Esta capacidade de visualizar tecidos moles com grande detalhe torna a RM particularmente valiosa para o diagnóstico de condições que afetam a coluna vertebral.
Quando a Ressonância Magnética da Coluna é Realmente Necessária?
A RM não é um exame de rotina e deve ser solicitada em situações específicas:
1. Dor Persistente ou Progressiva
Quando a dor nas costas ou no pescoço:
- Persiste por mais de 6 semanas apesar de tratamento conservador
- Piora progressivamente
- Não responde a analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia
2. Sintomas Neurológicos
A presença de sintomas que sugerem comprometimento nervoso:
- Dor que irradia para braços ou pernas (radiculopatia)
- Formigamento ou dormência nos membros
- Fraqueza muscular
- Alterações nos reflexos
- Dificuldade para controlar a bexiga ou intestino
3. Suspeita de Condições Específicas
Quando há suspeita clínica de:
- Hérnia de disco – Para confirmar o diagnóstico e avaliar o grau de compressão nervosa
- Estenose do canal vertebral – Estreitamento que comprime estruturas nervosas
- Tumores – Primários da coluna ou metástases
- Infecções – Como discite ou osteomielite vertebral
- Doenças desmielinizantes – Como esclerose múltipla afetando a medula espinhal
- Malformações congênitas – Anomalias estruturais da coluna
- Trauma oculto – Lesões não visíveis em outros exames
4. Planejamento Cirúrgico
Antes de procedimentos cirúrgicos na coluna para:
- Definir a abordagem cirúrgica mais adequada
- Avaliar a extensão exata da lesão
- Identificar variações anatômicas relevantes
- Planejar a instrumentação necessária
5. Acompanhamento Pós-Operatório
Para avaliar:
- Resultado de cirurgias
- Possíveis complicações
- Recorrência de hérnias discais
- Fibrose pós-operatória
Quando a Ressonância NÃO é Necessária?
É importante entender que nem todos os problemas de coluna requerem uma ressonância magnética:
- Dor lombar aguda sem sinais de alerta – A maioria dos casos melhora em 4-6 semanas com tratamento conservador
- Diagnóstico já estabelecido por outros métodos – Quando não há necessidade de informações adicionais
- Quando o resultado não mudará o tratamento – Se o plano terapêutico já está definido independentemente do resultado
Como se Preparar para uma Ressonância Magnética da Coluna
Antes do Exame
- Informe seu médico sobre implantes metálicos, marca-passo, clipes de aneurisma cerebral, implante de neuroestimulador ou outros dispositivos
- Mencione gravidez ou suspeita de gravidez
- Relate claustrofobia (medo de espaços fechados)
- Informe sobre alergias a contrastes, se aplicável
- Siga as orientações sobre jejum, se necessário (geralmente não é preciso para RM de coluna sem contraste)
- Retire objetos metálicos, joias, aparelhos auditivos e cartões magnéticos
Durante o Exame
- O exame dura entre 20 e 45 minutos, dependendo da região e protocolos
- Você ficará deitado em uma mesa que desliza para dentro do aparelho
- É importante permanecer imóvel durante a aquisição das imagens
- O aparelho emite ruídos altos durante o funcionamento (protetores auriculares são fornecidos)
- Você poderá se comunicar com o técnico através de um interfone
- Em alguns casos, pode ser administrado contraste intravenoso (gadolínio)
Vantagens e Limitações da Ressonância
Vantagens da Ressonância Magnética da Coluna
- Alta resolução para tecidos moles – Superior a qualquer outro método
- Ausência de radiação ionizante – Mais segura para exames repetidos
- Capacidade multiplanar – Gera imagens em diferentes planos (axial, sagital, coronal)
- Detecção precoce – Pode identificar alterações antes que apareçam em outros exames
Limitações da Ressonância Magnética da Coluna
- Custo elevado – Mais cara que radiografias e tomografias
- Disponibilidade limitada – Nem todos os centros médicos possuem o equipamento
- Contraindicações – Pacientes com certos implantes metálicos não podem realizar o exame
- Claustrofobia – Desconforto em pacientes com medo de espaços fechados
- Tempo de exame – Mais demorado que outros métodos de imagem
Outros Exames de Imagem para a Coluna
Radiografia
- Mais acessível e rápida
- Boa para avaliar alinhamento, fraturas e alterações ósseas
- Limitada para visualização de tecidos moles
- Utiliza radiação ionizante
Tomografia Computadorizada (TC)
- Excelente para estruturas ósseas
- Mais rápida que a RM
- Boa opção para pacientes que não podem fazer RM
- Utiliza radiação ionizante
Mielografia
- Radiografia ou TC após injeção de contraste no espaço subaracnoideo
- Útil para avaliar compressões nervosas
- Procedimento invasivo com riscos associados
- Menos utilizada desde o advento da RM
Interpretação dos Resultados
É fundamental entender que:
- Achados na RM devem ser correlacionados com os sintomas clínicos
- Alterações degenerativas são comuns em pessoas assintomáticas
- Até 30% dos adultos sem dor lombar apresentam hérnias de disco na RM
- O tratamento deve ser baseado na condição clínica, não apenas nos achados de imagem ou no laudo
Quando Procurar uma Segunda Opinião
Considere buscar uma segunda opinião quando:
- Há discrepância entre os sintomas e os achados da Ressonância Magnética da Coluna
- O tratamento proposto parece desproporcional aos achados
- Cirurgia é recomendada com base apenas em achados de imagem sem correlação clínica clara
- Você tem dúvidas sobre a interpretação dos resultados
FAQ – Perguntas Frequentes
O que é ressonância magnética da coluna?
É um exame de imagem não invasivo que mostra ossos, discos, medula e nervos, útil para diagnóstico preciso.
Quando a ressonância da coluna é indicada?
Quando há dor persistente, suspeita de hérnia, artrose, tumor, infecção ou lesão neurológica.
Qual a diferença entre ressonância e raio-x?
A ressonância mostra tecidos moles e nervos, enquanto o raio-x revela apenas ossos e desalinhamentos.
A ressonância da coluna detecta hérnia de disco?
Sim. É o principal exame para identificar hérnias, protrusões discais e compressões nervosas.
Quanto tempo dura a ressonância da coluna?
O exame leva entre 20 e 40 minutos, dependendo da região estudada (cervical, torácica ou lombar).
Precisa de contraste na ressonância da coluna?
Nem sempre. O contraste é usado quando há suspeita de tumor, infecção ou cicatriz pós-cirúrgica.
Pode fazer ressonância com dor nas costas?
Sim. O exame ajuda a descobrir a causa da dor e orientar o melhor tratamento.
Quem não pode fazer ressonância?
Portadores de marcapasso antigo, clipes cerebrais ou objetos metálicos não compatíveis com o campo magnético.
Ressonância substitui outros exames?
É complementar. Pode confirmar ou excluir diagnósticos suspeitos após raio-x, tomografia ou exames clínicos.
Quanto custa uma ressonância da coluna no RJ?
Particularmente, o valor varia entre R$ 500 e R$ 1.500, dependendo da clínica, região da coluna e uso de contraste.
A ressonância magnética da coluna é dolorosa?
Não. A ressonância magnética é indolor. O desconforto pode ser ter que ficar imóvel por 20 a 45 minutos ou sentir claustrofobia dentro do aparelho.
Durante o exame, há ruídos altos, mas a equipe fornece protetores auriculares. Se for usado contraste, você pode sentir frio no braço ou gosto metálico, efeitos leves e temporários.
Posso fazer ressonância magnética se tenho implantes metálicos?
Depende. Muitos implantes modernos são compatíveis, como próteses de titânio, placas e stents recentes.
Mas alguns dispositivos, como marca-passos antigos, clipes de aneurisma e fragmentos metálicos perto de órgãos, podem ser contraindicados.
A ressonância magnética detecta todas as causas de dor na coluna?
Não. Apesar de ser muito sensível para alterações estruturais, até 85% das dores lombares não têm causa visível na imagem — são chamadas de dor inespecífica.
Além disso, é comum pessoas sem dor apresentarem hérnias ou desgastes na ressonância. Por isso, é essencial correlacionar os achados com a avaliação clínica feita pelo especialista.
Quanto tempo leva para receber os resultados da ressonância?
Em média, 2 a 5 dias úteis, dependendo da clínica. Em casos urgentes, o laudo pode sair em horas.
Alguns centros oferecem laudo online para você acessar e enviar ao seu médico. Lembre-se: só o médico assistente pode interpretar corretamente os achados da ressonância no seu contexto clínico.
🎥 Se inscreva no Canal do Dr. Juan Aquino no YouTube e tire suas dúvidas com vídeos semanais explicativos, objetivos e fáceis de entender sobre a saúde da coluna e seu corpo.
O Dr. Juan Aquino é Cirurgião de Coluna Ortopedista e Médico da Dor no Rio de Janeiro. Tem mais de 10 anos de experiência no tratamento de Dor na Coluna realizando consultas presenciais, por Telemedicina, Ondas de Choque mecânico (TOC), Infiltrações em consultório médico, Rizotomia da Coluna e Cirurgias da Coluna Minimamente Invasivas em Hospitais de Referência no Rio.
Ligue agora e faça o seu acompanhamento com um médico referência em Coluna!
Confira os depoimentos dos seus pacientes.
🎥 Acesse o Canal do Dr. Juan Aquino no YouTube e tire suas dúvidas com vídeos explicativos, objetivos e fáceis de entender sobre a saúde da coluna e Tratamentos para Coluna.
Saiba mais:
Referências:
Livros:
- Benzel’s Spine Surgery. 4th Edition – Michel Steinmetz, Edward Benzel. Elservier, 2017
- O Exame Físico em Ortopedia. Barros Filho TEP – São Paulo: Sarvier
- Neuroanatomia Funcional – Machado, A. Livraria Atheneu, 2000. 3a Edição
Compartilhe esse conteúdo nas suas Redes Sociais:
