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A Dor Crônica é uma condição debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Para aqueles que não encontram alívio adequado com tratamentos convencionais, o Neuroestimulador Medular surge como uma alternativa inovadora e eficaz. Esse dispositivo é uma forma de Neuromodulação utilizada para reduzir a percepção da dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A avaliação por um Médico de Coluna é fundamental para a melhor definição do tratamento correto do Neuroestimulador Medular.
O Dr. Juan Aquino é Especialista em Neuroestimulador Medular. Ortopedista Especialista em Coluna e Médico da Dor no Rio de Janeiro, tem mais de 10 anos de experiência no tratamento de Dor na Coluna realizando consultas presenciais, por Telemedicina, Ondas de Choque mecânico (TOC), Infiltrações em consultório médico, Rizotomia da Coluna e Cirurgias da Coluna em Hospitais de referência no Rio.
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O que é um Neuroestimulador Medular?
O Neuroestimulador Medular é um dispositivo implantável que emite pequenos impulsos elétricos para a medula espinhal, interferindo na transmissão dos sinais de dor enviados ao cérebro. Ele funciona de maneira semelhante a um marcapasso, mas em vez de regular os batimentos cardíacos, ele modula a atividade neuronal da medula espinhal.
O sistema do neuroestimulador é composto por três partes principais:
- Eletrodos: Fios finos implantados na região epidural da medula espinhal.
- Gerador de pulsos: Pequeno dispositivo implantado sob a pele, geralmente na região lombar ou abdominal.
- Controle externo: Dispositivo que permite ao paciente e ao médico ajustar os parâmetros da estimulação.
Indicações do Neuroestimulador Medular
Ele é indicado para pacientes com Dor Crônica Refratária a tratamentos convencionais, como medicamentos, fisioterapia e cirurgias prévias. As principais condições tratadas incluem:
- Síndrome da dor regional complexa (SDRC)
- Dor Neuropática Crônica
- Síndrome Falha da Cirurgia da Coluna (FBSS – Failed Back Spine Surgery)
- Radiculopatia Crônica (Dor Ciática Persistente)
- Neuropatia Diabética Dolorosa
- Dor Lombar, Torácica e Cervical Crônica
- Dor de Origem Vascular, como a Isquemia de Membros Inferiores
Como Funciona o Neuroestimulador Medular?
O mecanismo de funcionamento do neuroestimulador baseia-se no conceito de Teoria das Comportas da Dor, que sugere que a estimulação elétrica pode bloquear ou reduzir a transmissão de sinais dolorosos antes que cheguem ao cérebro. Os pulsos elétricos gerados pelo dispositivo promovem uma sensação de formigamento leve (Parestesia), substituindo a dor intensa e insuportável.
Os avanços tecnológicos permitiram a criação de dispositivos programáveis com diferentes modos de estimulação, como a estimulação tônica convencional, a estimulação de alta frequência e a estimulação em rajadas (BURST). Essas opções proporcionam maior controle sobre a dor e reduzem os efeitos colaterais.
Processo de Implantação
A implantação do neuroestimulador ocorre em duas etapas principais:
1. Fase de Teste
Antes da instalação definitiva, o paciente passa por um teste temporário que dura de 5 a 7 dias. Nesse período, eletrodos são inseridos na medula espinhal e conectados a um gerador externo. O objetivo é avaliar a eficácia da estimulação na redução da dor.
Se o paciente relatar uma melhora superior a 50% na dor e uma melhor qualidade de vida, ele pode ser candidato à implantação definitiva.
2. Implantação Definitiva
Caso o teste seja bem-sucedido, o gerador de pulsos é implantado sob a pele, geralmente na região lombar lateral e conectado aos eletrodos. A cirurgia é minimamente invasiva e requer anestesia geral.
Ele tem uma vida útil que varia entre 5 a 10 anos a depender do uso. Após isso troca-se apenas o gerador por um novo.
Após a implantação, o dispositivo é ajustado para oferecer a melhor cobertura de dor e minimizar desconfortos.
Eletrodos e Gerador da Fase Teste
Benefícios do Neuroestimulador Medular
Os pacientes que se submetem ao tratamento com neuroestimulador medular relatam diversos benefícios, como:
- Redução significativa da Dor Crônica
- Diminuição da necessidade de Analgésicos e Opióides
- Melhoria na qualidade do Sono
- Aumento da capacidade de realizar atividades diárias
- Menos efeitos colaterais comparados a outras terapias
- Opção reversível e ajustável conforme a necessidade
Riscos e Considerações
Apesar dos benefícios, existem alguns riscos associados ao procedimento, incluindo:
- Infecção no local da cirurgia
- Deslocamento dos eletrodos
- Mal funcionamento do dispositivo
- Reação alérgica ao material implantado
- Sensibilidade na área da implantação
A maioria dessas complicações pode ser resolvida com ajustes no dispositivo ou intervenções adicionais.
Quem Não Pode Usar o Neuroestimulador?
O neuroestimulador medular não é recomendado para:
- Pacientes com infecções ativas
- Indivíduos com distúrbios de coagulação não controlados
- Pessoas que utilizam marcapassos ou dispositivos eletrônicos incompatíveis
- Pacientes com transtornos psiquiátricos graves que não permitam a gestão do tratamento
Conclusão
O Neuroestimulador Medular é uma opção eficaz para pacientes com Dor Crônica severa que não encontraram alívio com tratamentos convencionais. Com avanços tecnológicos, esse dispositivo continua a evoluir, proporcionando maior controle da dor e melhor qualidade de vida aos pacientes.
Se você sofre com Dor Crônica e deseja saber se o Neuroestimulador é uma opção para o seu caso, consulte um especialista para avaliação adequada.
A avaliação por um Médico de Coluna é fundamental para a melhor definição do tratamento correto do Neuroestimulador Medular.
O Dr. Juan Aquino é Especialista em Neuroestimulador Medular. Ortopedista Especialista em Coluna e Médico da Dor no Rio de Janeiro, tem mais de 10 anos de experiência no tratamento de Dor na Coluna realizando consultas presenciais, por Telemedicina, Ondas de Choque mecânico (TOC), Infiltrações em consultório médico, Rizotomia da Coluna e Cirurgias da Coluna em Hospitais de referência no Rio.
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Referências:
- Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) – https://www.coluna.com.br
- Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) – https://www.into.saude.gov.br
- Sociedade de Coluna da Europa (EUROSPINE) – https://www.eurospine.org
- Sociedade de Coluna Norte Americana (NASS) – https://www.spine.org
- Sociedade de Coluna International (AO Spine) – https://www.aofoundation.org/spine
Livros:
- Benzel’s Spine Surgery. 4th Edition – Michel Steinmetz, Edward Benzel. Elservier, 2017
- O Exame Físico em Ortopedia. Barros Filho TEP – São Paulo: Sarvier
- Neuroanatomia Funcional – Machado, A. Livraria Atheneu, 2000. 3a Edição
Artigos:
1. The American Society of Pain and Neuroscience (ASPN) Evidence-Based Clinical Guideline of Interventional Treatments for Low Back Pain. Sayed D, Grider J, Strand N, et al. Journal of Pain Research. 2022;15:3729-3832. doi:10.2147/JPR.S386879.
2. Spinal Cord Stimulation Research in the Restoration of Motor, Sensory, and Autonomic Function for Individuals Living With Spinal Cord Injuries: A Scoping Review. Laskin JJ, Waheed Z, Thorogood NP, Nightingale TE, Noonan VK. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. 2022;103(7):1387-1397. doi:10.1016/j.apmr.2022.01.161.
3. Epidural Spinal Cord Stimulation as an Intervention for Motor Recovery After Motor Complete Spinal Cord Injury. Hachmann JT, Yousak A, Wallner JJ, et al. Journal of Neurophysiology. 2021;126(6):1843-1859. doi:10.1152/jn.00020.2021.
4. History and Future of Spinal Cord Stimulation. Ali R, Schwalb JM. Neurosurgery. 2024;94(1):20-28. doi:10.1227/neu.0000000000002654.
5. Advances in Epidural Spinal Cord Stimulation to Restore Function After Spinal Cord Injury: History and Systematic Review. Mansour NM, Peña Pino I, Freeman D, et al. Journal of Neurotrauma. 2022;39(15-16):1015-1029. doi:10.1089/neu.2022.0007.
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