Dr. Juan Aquino

O que é Espondilolistese e Espondilólise? Qual a Diferença?

A Espondilolistese é uma doença em que uma vértebra desliza para frente (anterolistese) em relação à vértebra abaixo, devido a uma fratura ou defeito na estrutura óssea chamada Pars Articularis ou Interarticularis, que conecta as facetas articulares. Espondilólise ocorre quando há apenas a fratura sem o deslizamento. Entenda tudo sobre as Causas, Sintomas, Exames e Diagnósticos para gerenciar e tratar corretamente através de 3 Eixos Principais.

Imagem ilustrativa da Diferenca entre Espondilolistese e Espondilólise.

Esse deslocamento pode ocorrer em diferentes níveis da coluna, mas é mais comum na região lombar, especialmente entre a quarta e quinta vértebras lombares (L4 sobre L5) ou entre a quinta vértebra lombar e a primeira vértebra sacral (L5 sobre S1).

Pode ocorrer na coluna cervical também, porém é rara.

A Espondilolistese pode variar em gravidade, desde um leve deslizamento até um deslocamento mais significativo que pode causar dor e outros sintomas.

A avaliação por um médico da coluna é fundamental para a melhor definição do tratamento correto da Espondilolistese ou Espondilólise do paciente.

Dr. Juan Aquino é Especialista em Esondilolistese e Espondilólise.  Ortopedista Especialista em ColunaMédico da Dor no Rio de Janeiro, tem mais de 10 anos de experiência no tratamento de deslizamentos da coluna realizando consultas presenciais, por Telemedicina, Ondas de Choque mecânico (TOC), infiltrações em consultório médico, rizotomia da coluna e cirurgias da coluna em hospitais de referência no Rio.
 
O Dr Juan Aquino tem um programa específico e personalizado para tratamento de Espondilolistese e Espondilólise com um cuidado completo do paciente (Full Care)

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Dr Juan Aquino - Especialista em Coluna, Medico de Coluna, Ortopedista de Coluna no Consultorio

Formacao e Membresias Dr Juan Aquino www.drjuanaquino.com.br
Formação e Membresias do Dr Juan Aquino.

Hospitais aonde Dr Juan Aquino opera
Hospitais aonde Dr Juan Aquino realiza Cirurgias e Procedimentos.

Causas da Espondilolistese e Espondilólise

A Espondilolistese pode ser causada por vários fatores e é classificada em diferentes tipos com base em sua origem e grau de escorregamento:

  • Espondilolistese Congênita: Presente desde o nascimento, é causada por malformações congênitas das articulações da coluna vertebral, que podem facilitar o deslizamento de uma vértebra.

  • Espondilolistese Ístmica: Mais comum entre L5-S1 e em adolescentes e adultos jovens. Ocorre quando há um defeito ou fratura no istmo vertebral (pars articularis), uma pequena região de osso que conecta as articulações facetárias entre as vértebras. Frequentemente associada a atividades físicas intensas, como ginástica e levantamento de peso.

  • Espondilolistese Degenerativa: Comum em idosos na L4-L5, é causada pelo desgaste natural das articulações da coluna devido ao envelhecimento. A degeneração dos discos intervertebrais e das articulações facetárias pode enfraquecer a estabilidade da coluna, resultando no deslizamento de uma vértebra para frente (anterolistese degenerativa) ou para os lados (laterolistese degenerativa).

  • Espondilolistese Traumática: Resulta de uma lesão ou trauma direto na coluna vertebral, como em acidentes de carro ou quedas graves.

  • Patológica: Ocorre devido a doenças que afetam os ossos, como tumores ou osteoporose, que enfraquecem a coluna e permitem o deslizamento vertebral.

Quanto ao grau de escorregamento da vértebra:

  1. < 25%  (baixo grau)
  2. 25 – 50 % (baixo grau)
  3. 50 – 75% (alto grau)
  4. 75 – 100 % (alto grau)
  5. > 100% Ptose Vertebral (Tombamento da Vértebra e alto grau)

Classificacao da Espondilolistese.

Sintomas da Espondilolistese e Espondilólise

Os Sintomas da Espondilolistese podem variar de acordo com o grau de deslocamento da vértebra e a localização da condição na coluna. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas, especialmente em casos de escorregamento leve ou espondilólise. No entanto, quando os sintomas estão presentes, podem incluir:

  • Dor na Coluna Lombar: A dor nas costas, especialmente na região lombar, é o sintoma mais comum. A dor pode ser constante ou intermitente e geralmente piora com atividades que aumentam a pressão na coluna, como levantar objetos pesados, dobrar-se ou ficar em pé por longos períodos.

  • Dor Ciática ou Radicular: Quando o deslizamento vertebral pressiona um nervo espinhal, pode ocorrer dor que irradia para as nádegas, coxas e pernas, semelhante à dor ciática.

  • Rigidez e Espasmos Musculares: Pode causar rigidez na coluna e espasmos musculares nas costas e nas pernas, o que pode dificultar a mobilidade.

  • Fraqueza Muscular: A compressão dos nervos pode levar a fraqueza nos músculos das pernas, dificultando a realização de atividades normais, como caminhar ou subir escadas.

  • Sensações de Formigamento e Dormência: A compressão dos nervos também pode causar sensações de formigamento, dormência ou perda de sensibilidade nas pernas e pés.

  • Postura Alterada: Em casos graves, pode levar a uma curvatura anormal da coluna, o que pode alterar a postura e a marcha da pessoa.

Diagnóstico da Espondilolistese e Espondilólise

O Diagnóstico da Espondilolistese geralmente começa com uma avaliação clínica completa, na qual o médico revisa o histórico médico (Anamnese) do paciente e realiza um exame físico detalhado.

Durante o exame físico, o médico pode avaliar a amplitude de movimento da coluna, testar a força muscular e procurar sinais de compressão nervosa.

Os exames de imagem são essenciais para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade do deslizamento:

  • Radiografia (RX): É o exame de imagem mais comum para diagnosticar a espondilolistese (anterolistese) ou espondilólise mais comuns em L4L5 ou L5S1. As radiografias podem mostrar o deslocamento das vértebras e, em alguns casos, a causa subjacente, como fraturas ou alterações degenerativas.
    • Sinal da Coleira do Cão Escocês (“Scottie Dog“) na Radiografia Oblíqua = Espondilólise

Sinal da Coleira do Cão Escocês. Dr Juan Aquino - www.drjuanaquino.com.br

  • Ressonância Magnética (RM): Fornece imagens detalhadas dos tecidos moles, incluindo discos intervertebrais e nervos espinhais. É útil para avaliar a extensão da compressão nervosa e as condições associadas, como hérnias de disco.

  • Tomografia Computadorizada (TC): Oferece imagens mais detalhadas das estruturas ósseas da coluna vertebral, ajudando a identificar fraturas ou outras anormalidades ósseas além de planejar cirurgias.

Exame de Imagem: Tomografia Computadorizada ("Tubo Aberto, Rápido e Sem Som")
Exame de Imagem: Tomografia Computadorizada (“Tubo Aberto, Rápido e Sem Barulho”)

Tratamento Conservador da Espondilolistese e Espondilólise

O tratamento da do escorregamento depende da gravidade dos sintomas e do grau de deslocamento vertebral. Em muitos casos, o tratamento conservador é eficaz e pode incluir:

  • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e reduzir a inflamação. Relaxantes musculares também podem ser utilizados para tratar espasmos musculares.

  • Fisioterapia: Um programa de fisioterapia personalizado pode ajudar a fortalecer os músculos que suportam a coluna, melhorar a flexibilidade e aliviar a dor. Exercícios de estabilização da coluna são frequentemente recomendados.

  • Modificação de Atividades: Evitar atividades que agravam os sintomas, como levantamento de peso e exercícios de alto impacto, pode ajudar a prevenir a progressão do escorregamento.

  • Uso de Cintas Lombares: Em alguns casos, o uso de cintas lombares pode ajudar a estabilizar a coluna e reduzir a dor, especialmente durante atividades físicas.

Procedimentos Minimamente Invasivos (Tratamento de INTERVENÇÃO da Dor na Coluna Crônica e Aguda realizado pelo Médico Especialista em Coluna)

São procedimentos minimamente invasivos de intervenção em dor crônica e aguda através de injeções nas costas ou implantes de dispositivos para controle da dor.

Realizados no Centro Cirúrgico ou Hospital Dia com Sedação por Anestesista, uso de Radiografia para marcar os alvos corretos, dura 30 a 60 minutos e o paciente tem alta hospitalar algumas horas depois.

  • Infiltração Foraminal e Facetária (Bloqueio do Ramo Medial Posterior Sensitivo) – Bloqueios testes
    • Anestesia os nervos das dores com 1 ml de solução de anestésico de longa duração + corticóide com duração entre 3 a 6 meses.

  • Implante de Neuroestimulador Medular para Dores Crônicas Refratárias
    • Através de uma mínima incisão ou por agulha é implantado um dispositivo para controlar as dores e um gerador pequeno é implantado no subcutâneo.

  • Modulação do Gânglio da Raiz Dorsal (DRG) para Dores Crônicas Intratáveis
    • Através de um fio específico o nervo da dor tem seus estímulos controlados.

Dr Juan Aquino realizando Rizotomia Percutânea de Faceta por Radiofrequência, procedimento Minimamente Invasivo de Intervenção em Dor Crônica da coluna lombar por artrose da coluna
Dr Juan Aquino realizando Rizotomia Percutânea de Faceta por Radiofrequência, procedimento Minimamente Invasivo de Intervenção em Dor Crônica da coluna lombar por Artrose da Coluna.

Cirurgias para Espondilolistese e Espondilólise

Se o tratamento conservador não aliviar os sintomas ou se houver um deslocamento significativo que cause compressão nervosa grave, a cirurgia pode ser necessária. As opções cirúrgicas incluem:

  • Fusão Vertebral (Artrodese Lombar): Esta é a cirurgia mais comum para o escorregamento. Envolve a fusão de duas ou mais vértebras para evitar mais deslocamentos. Para isso, os cirurgiões utilizam enxertos ósseos e, muitas vezes, parafusos e hastes metálicas de titânio para estabilizar a coluna pelas costas (PLIF ou TLIF), pelo lado do abdome (OLIF ou XLIF) ou pela frente da barriga (via anterior ou ALIF). As vezes é necessária uma abordagem combinada pela frente e por tras, chamada Artrodese 360 graus.

  • Laminectomia: Em alguns casos, a laminectomia é realizada para remover uma parte do osso ou tecido que está comprimindo os nervos, aliviando a dor e melhorando a mobilidade.

  • Cirurgia Minimamente Invasiva: Procedimentos Minimamente Invasivos como Cirurgias Endoscópicas (por Vídeo) estão se tornando cada vez mais comuns e podem incluir fusão vertebral ou descompressão com menos danos aos tecidos ao redor, resultando em uma recuperação mais rápida e alta hospitalar no mesmo dia.

Espondilolistese ALIF L5S1 para Revisao Dr Juan Aquino
Artrodese Via Anterior ALIF L5S1 para Espondilolistese com Parafusos de S1 “fraturados”em que foi necessária Cirurgia de Revisão e Artrodese 360 graus (Via Anterior e Via Posterior).

Prevenção e Gestão a Longo Prazo da Espondilolistese e Espondilólise

Embora nem todos os casos de deslizamento ou espondilólise possam ser evitados, adotar medidas preventivas pode reduzir o risco e ajudar na gestão a longo prazo da condição:

  • Manter uma Postura Adequada: Postura correta ao sentar, levantar e realizar atividades diárias pode reduzir o estresse na coluna.

  • Praticar Exercícios Regularmente: Fortalecer os músculos que suportam a coluna e melhorar a flexibilidade são fundamentais para prevenção e gerenciamento de seus sintomas.

  • Manter um Peso Saudável: O excesso de peso coloca pressão adicional na coluna, aumentando o risco de problemas como sobrecargas..

  • Evitar Atividades de Alto Impacto: Atividades que envolvem impacto repetitivo na coluna, como levantamento de peso pesado ou esportes de contato, podem aumentar o risco de deslizamento e espondilólise.

  • Monitoramento Regular: O monitoramento regular com um médico especialista é importante para garantir que a condição não esteja piorando e para ajustar o tratamento conforme necessário.

  • Educação e Consciência: Entender a condição, suas causas e como gerenciá-la pode capacitar os pacientes a tomar decisões informadas sobre sua saúde e prevenir complicações futuras.

A Espondilolistese ser uma condição desafiadora, mas com o diagnóstico e tratamento adequados, muitas pessoas conseguem gerenciar os sintomas e manter uma boa qualidade de vida.

A avaliação por um médico da coluna é fundamental para a melhor definição do tratamento correto da Espondilolistese ou Espondilólise do paciente.

Dr. Juan Aquino é Especialista em Esondilolistese e Espondilólise.  Ortopedista Especialista em ColunaMédico da Dor no Rio de Janeiro, tem mais de 10 anos de experiência no tratamento de deslizamentos da coluna realizando consultas presenciais, por Telemedicina, Ondas de Choque mecânico (TOC), infiltrações em consultório médico, rizotomia da coluna e cirurgias da coluna em hospitais de referência no Rio.
 
O Dr Juan Aquino tem um programa específico e personalizado para tratamento de Espondilolistese e Espondilólise com um cuidado completo do paciente (Full Care)

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Dr Juan Aquino num Curso Internacional em Miami - Estados Unidos. Curso Fresh-Cadaver no MARC (Miami Anatomical Research Center).
Dr Juan Aquino num Curso Internacional em Miami – Estados Unidos. Curso Fresh-Cadaver no MARC (Miami Anatomical Research Center). Curso de Técnicas Avançadas de Artrodeses e Endoscopia da Coluna Vertebral.

Formacao e Membresias Dr Juan Aquino www.drjuanaquino.com.br
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Hospitais aonde Dr Juan Aquino realiza Cirurgias e Procedimentos.

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Especialista em Coluna, Ortopedista de Coluna, Médico de Coluna – Qual dos 3 trata Hérnia de Disco, Escoliose e Artrose na Coluna?

Referências:

Livros:

  1. Benzel’s Spine Surgery. 4th Edition – Michel Steinmetz, Edward Benzel. Elservier, 2017 
  2. O Exame Físico em Ortopedia. Barros Filho TEP – São Paulo: Sarvier
  3. Neuroanatomia Funcional –  Machado, A. Livraria Atheneu, 2000. 3a Edição.

 Artigos:

  1. Management of Degenerative Spondylolisthesis: Development of Appropriate Use Criteria. Reitman CA, Cho CH, Bono CM, et al. The Spine Journal : Official Journal of the North American Spine Society. 2021;21(8):1256-1267. doi:10.1016/j.spinee.2021.03.005.
  2. Degenerative Lumbar Spondylolisthesis: Definition, Natural History, Conservative Management, and Surgical Treatment. Bydon M, Alvi MA, Goyal A. Neurosurgery Clinics of North America. 2019;30(3):299-304. doi:10.1016/j.nec.2019.02.003.
  3. Conservative Treatment in Spondylolisthesis. Magora A. Clinical Orthopaedics and Related Research. 1976;(117):74-9.
  4. Isthmic Spondylolisthesis in Adults… a Review of the Current Literature. Alomari S, Judy B, Sacino AN, et al. Journal of Clinical Neuroscience : Official Journal of the Neurosurgical Society of Australasia. 2022;101:124-130. doi:10.1016/j.jocn.2022.04.042.
  5. Surgical Management of Lumbar Degenerative Spondylolisthesis. Eismont FJ, Norton RP, Hirsch BP. The Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. 2014;22(4):203-13. doi:10.5435/JAAOS-22-04-203.
  6. Surgical Treatment of Degenerative Spondylolisthesis. Guigui P, Ferrero E. Orthopaedics & Traumatology, Surgery & Research : OTSR. 2017;103(1S):S11-S20. doi:10.1016/j.otsr.2016.06.022.
  7. Guideline Update for the Performance of Fusion Procedures for Degenerative Disease of the Lumbar Spine. Part 9: Lumbar Fusion for Stenosis With Spondylolisthesis. Resnick DK, Watters WC, Sharan A, et al. Journal of Neurosurgery. Spine. 2014;21(1):54-61. doi:10.3171/2014.4.SPINE14274.

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